segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Engolir sapos 1ª parte

Será que você já engoliu sapos? Alguma vez, ou algumas vezes?
Não precisamos conhecer ou estudar relacionamentos humanos, para constatarmos que não pode ser bom o

ato em si de "engolir sapos".


Nesse fim de semana resolvi por em dia minhas leituras atrasadas. A primeira que me caiu às mãos foi a de"Elisa Correa", cujo título é "Engolir Sapo".


É um texto meio grande, mas não posso deixar de transcrever os parágrafos que achei mais interessantes. Vale a pena passar os olhos!






"Origens da expressão à parte, quem vive engolindo sapo sofre muito: tem dificuldade para dizer não, fica calado ou concorda com o outro em situações polêmicas só para evitar conflitos, ignora os próprios desejos para não gerar mágoas. Vera Martins, especialista em medicina comportamental, diretora da Assertiva Consultores, de São Paulo, autora do livro "Seja Assertivo"(editora Campus),diz o seguinte:



"A pessoa não expressa seu sentimento e opinião simplesmente por medo da reação negativa do seu interlecutor. Essa atitude tem a ver com a cultura, com crenças que estão no modelo mental guiando nosso comportamento para a passividade em situações em que
nos sentimos ameaçados ou com riscos de perdas"



Depois vem aquela sensação de impotência e frustração por não conseguir expressar os sentimento, por achar que tem sempre alguém determinando o que deve ser feito. E lá ficamos nós, nos sentindo incompreendidos e manipulados, remoendo uma mistura de raiva e culpa enquanto pensamos no que deveríamos ter dito no momento que passou. Como consequência, nossa auto estima e confiança despencam no mesmo ritmo com que perdemos o respeito dos outros, que passam a não nos levar mais em conta.



Muitas vezes, o engolidor de sapos se esconde atrás da figura do bonzinho, aquele sujeito sempre preocupado em agradar_ para ser aceito e querido. "Ele usa uma linguagem extremamente cuidadosa, porém é violento consigo mesmo, pois cede seus direitos em prol do outro", explica Vera.



Na verdade, as atitudes do bonzinho são alimentadas por uma expectativa de reciprocidade: ele se posiciona passivamente na situação, sendo agradável e condescendente, esperando que o outro também faça o mesmo. Quando isso não acontece, a raiva aparece.



Se engolir sapos pode ser considerado uma estratégis de proteção, de permanência na chamada zona de conforto, precisamos saber que sofremos consequências deletérias por não defender nossas posições.



Ainda citando Vera:"Engolir sapo é o mesmo que engolir raiva, uma emoção protetora que nos avisa quando algo está errado.E ela estimula à ação. O estrago físico, emocional e mental de quem não põe isso para fora é arrasador com o passar do tempo, favorecendo diversas doenças".



O psiquiatra Ricardo de Almeida Prado, afirma:" Todo fenômeno que se passa com o ser humano é psicossomático, porque a psique está todo o tempo presente". Segundo ele, existem doenças em que essa correlação se torna evidente, como alergias, asma brônquica, dermatites, síndrome do cólon irritável e fibromialgia.



Existe redenção para um contumaz engolidor de sapos?. Quem é assertivo diz o que pensa com confiança e firmeza, consegue se expressar e defender suas opiniões de maneira afirmativa, sem perder a simpatia das pessoas.

Ser assertiva, não é ser agressiva. O assertivo é firme, focado na solução do problema.

CONTINUA




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